segunda-feira, 2 de novembro de 2009





Poema esférico

Já faz tempo
Mas muito tempo
Que flerto com o tempo
Ele me embevece
Me alegra e me abate
Mas não me agride
Faz-me vislumbrar algo novo
Mas de “novo” ele não tem nada
Nem de antigo
Na verdade, não gosto de vê-lo assim
Cronologicamente:
Progressivo ou retrógado.
Pois, ele não passa
Somos nós que passamos
Mudamos e transcendemos

E agora, estou assim, atemporalmente sujeito.

                                 

Um comentário:

Renata de Aragão Lopes disse...

Muito bom!

O tempo
é um tema e tanto...

Beijo,
doce de lira